Publicada em 13/11/2013 às 14h20
“A Justiça do Trabalho, em sua recente história, não tem olvidado esforços no sentido de garantir e executar a gestão documental sistemática e profissional, voltada para a preservação efetiva de sua memória histórica e institucional”, afirmou o presidente do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, na abertura do Seminário “Preservação Documental: Dever do Estado e Direito do Cidadão”, na noite do dia 8 de novembro de 2013, no Auditório Ministro Mozart Victor Russomano.
Carlos Alberto enumerou algumas iniciativas recentes para preservação da memória da Justiça do Trabalho. Entre elas, a criação do Grupo de Trabalho e Regulamentação do Acervo Histórico da Justiça do Trabalho e do Grupo de Trabalho de Gestão Documental. Vinculado ao CSJT, este último foi instituído este ano e é presidido pelo ministro Luiz Phillipe Vieira de Mello Filho, com a assessoria da ministra Maria de Assis Calsing.
O ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, presidente da Comissão de Documentação do TST e coordenador do Comitê Gestor do Programa Nacional de Resgate da Memória da Justiça do Trabalho, agradeceu ao ministro presidente pelo apoio à consecução da consciência de preservação da memória da Justiça do Trabalho. Luiz Philippe afirmou que tem sido estoica a luta pela preservação da memória. “É importante que tenhamos uma perspectiva bifronte desse encontro. Não é apenas a garantia de acessos aos acervos, mas também a construção da memória de atuação do judiciário trabalhista”, ressaltou.
A historiadora Ângela de Castro Gomes, professora titular da Universidade Federal Fluminense (UFF) propôs uma reflexão sobre a relação entre arquivos e sensibilidade em sua conferência de abertura, que teve por tema “Preservação e acesso à informação: direito do cidadão e dever do Estado”, Ela traçou um paralelo sobre a memória e passado, afirmando que os tempos mudaram e que o tema dos arquivos passaram por transformações nos últimos dez anos. “Mudou a maneira como os homens experimentam, vivem o tempo, presente, passado, futuro. Nós do século XXI precisamos nos orientar de forma distinta porque não dispomos mais das balizas daquele futuro progresso. A multiplicação e a democratização de instituições memoriais como museus, centros de memórias e arquivos são um fato que vem sendo cada vez mais registrado e aplaudido. Há, efetivamente, uma nova sensibilidade para viver o tempo”, salientou.
Fonte: (Viviane Gomes/MC)