Publicada em 16/09/2025 às 10h24
Neste mês, a Seção de Saúde Mental e Serviço Social e o Subcomitê de Atenção Integral à Saúde do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, em parceria com o Programa Trabalho Seguro/Getrin6, estão promovendo o Setembro Amarelo: #SejaOFarol, campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio. Semanalmente, estão sendo publicados textos, no portal e na Intranet, sobre a promoção da saúde mental, com informações embasadas em pesquisas e orientações de profissionais da área. Na postagem de hoje, confira o perigo de sofrer em silêncio.
A Dor da Alma: o que ninguém vê e poucos compreendem
Nem toda dor sangra, algumas se escondem por trás de sorrisos automáticos, de silêncios prolongados, de uma produtividade impecável. A dor da alma, diferentemente da dor física, é, muitas vezes, silenciosa, discreta e, por isso mesmo, perigosa. Não deixa hematomas visíveis, mas pesa sobre os ombros, esgota, isola e, em alguns casos, pode levar alguém a desejar interromper a própria vida.
O Setembro Amarelo nos convida a olhar para esse tipo de dor, aquela que não aparece nos exames médicos nem se explica com facilidade. Estamos falando de sofrimento psíquico: da tristeza persistente, do sentimento de inutilidade, da desesperança que corrói por dentro, do vazio que não se preenche. O desafio é que, numa sociedade acostumada a exigir força, desempenho e otimismo, quem sofre em silêncio muitas vezes teme ser julgado ou incompreendido.
Por isso, a campanha de prevenção ao suicídio não é apenas sobre pedir ajuda, embora esse seja um passo essencial. Ela também fala sobre criar espaços seguros onde as pessoas possam existir com suas dores, sem medo de rejeição ou ridicularização. Fala sobre escuta verdadeira, sobre acolher sem tentar “consertar”. A dor da alma pode ser invisível, mas seus efeitos são concretos. E ignorá-la custa vidas.
Que neste Setembro Amarelo a gente se comprometa não só a enxergar o outro, mas a permitir que ele se mostre como é, com luzes e sombras. Às vezes, tudo que alguém precisa é ser visto com humanidade.
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Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6)
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Texto: Seção de Saúde Mental / Imagem: Eduardo Aguiar