Publicada em 23/05/2025 às 15h40 (atualizada há 23/05/2025 - 16:47)
A juíza titular da Vara do Trabalho de Palmares, Maria José de Souza, foi escolhida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco para participar da exposição “Pioneiras: Faces Negras”, que homenageia mulheres negras vanguardistas em diversas áreas, como Judiciário, Executivo, Legislativo, educação, esportes, jornalismo e cultura. A exposição, com curadoria do desembargador Adalberto de Oliveira Melo e da juíza Luciana Maranhão, é resultado de pesquisa histórica e estará com visitação gratuita de segunda a sexta, das 8h às 14h, no térreo da sede do TRE-PE
A juíza Maria José ficou tocada pela lembrança de seu nome e resgate de sua história. Ela ingressou no TRT-6 como analista judiciária em 1991, e tomou posse como juíza substituta, após concurso público, em 10 de dezembro de 1998. “Agradeço a todos por essa honraria, me sinto lisonjeada por essa homenagem do TRE-PE. Sou a primeira servidora negra do TRT-6. Alcançar esse posto representa uma conquista não só pessoal, mas de representação da coletividade das mulheres negras, que têm direito a todos os espaços que queiram na sociedade", afirmou Maria José. "Agradeço a Deus e a minha família pela oportunidade e pelo reconhecimento”, concluiu a homenageada .
Baixa representatividade de mulheres negras na Justiça brasileira - A juíza titular da 1ª Vara do Trabalho de Olinda, Ana Cristina da Silva, esteve presente no lançamento da exposição, durante o “4º Ciclo de Estudos - Mulheres e Política”, evento que aconteceu na manhã da sexta-feira (23/5) na sede do TRE-PE. Ela pontuou que é marcante que o percentual de magistradas negras ainda seja mínimo na Justiça brasileira, não proporcionalmente representativo dessa parcela tão significativa e importante da população. “Toda homenagem, todo espaço de fala e de comunicação das ações das magistradas negras é importante para dar o exemplo para que nossas meninas negras vejam que é possível chegar onde elas queiram, com esforço e dedicação”, defendeu a magistrada.
Segundo dados do relatório Justiça em Números 2024, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o perfil étnico-racial da Justiça aponta a presença relativamente pequena de apenas 14,3% de negros e negras na magistratura e 15,9% na Justiça do Trabalho. O percentual de servidoras/es negras/os no funcionalismo público é de apenas 27,1%. O documento é a principal fonte nacional das estatísticas oficiais do Poder Judiciário, que divulga a realidade dos tribunais brasileiros, com detalhamentos da estrutura e litigiosidade, além dos indicadores e das análises essenciais para subsidiar a Gestão Judiciária brasileira.
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Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6)
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Texto: Silvio Britto / Fotos: Juan Rodrigues