Publicada em 29/03/2019 às 12h00 (atualizada há 29/03/2019 - 14:04)
O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE) Fábio André de Farias, presidente do Comitê Gestor Regional do Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe), redigiu nota de elogio aos servidores responsáveis pelo PJe pela resolução de eventuais problemas enfrentados pela plataforma. Para o magistrado, o sistema é motivo de orgulho, principalmente por todo esforço e empenho empregado para a manutenção do programa desenvolvido nacionalmente.
Confira o texto na íntegra:
PJe lento: parabéns à equipe de informática
Antes que alguém imagine que é uma crítica velada ou alguma ironia de minha parte, leia até o fim. É verdade que essa semana o sistema do Processo Judicial Eletrônico – PJe, apresentou muitas falhas. Assinar está sendo um tormento. Acessar o sistema, muitas vezes, só por meio de login e senha, o que não nos possibilita assinar documentos. “Demora”..., essa foi a palavra dos últimos dias quando nos referimos ao sistema. Infelizmente tudo isso é verdade.
Mas, felizmente nossas equipes de informática, locais e nacional, são extremamente eficientes. Apesar de todas as falhas, o PJe não paralisou por completo ou, se aconteceu, foi em tão curto espaço de tempo que nem notamos. As falhas foram detectadas e as soluções devidamente planejadas e, quiçá, em breve executadas com a nova versão. Todos os momentos críticos foram imediatamente atendidos. Tudo isso com um esforço de menos de uma centena de colegas trabalhando localmente e, talvez, menos de uma dezena na sustentação do sistema. Em termos nacionais, talvez o projeto e toda a TI da Justiça do Trabalho não chegue à casa do milhar de servidores.
Para aqueles que talvez entendam ser uma tarefa fácil, é importante lembrar que o nosso, provavelmente, é o maior sistema de gerenciamento de processos judiciais existente no mundo. Todo produzido, com todos os seus defeitos, mas com certeza mais acertos, por mão-de-obra local. Bem remunerados se pensarmos em termos de faixas salariais no Brasil, no entanto, muito abaixo de desenvolvedores de sistemas vendidos em nosso país e adquiridos em casas comerciais. Apenas para que se tenha uma ideia das dimensões de recursos por investidos por esta Justiça do Trabalho e quanto custaria se comprássemos no mercado, o nosso orçamento para todas as despesas neste ano está previsto para 21,5 bilhões de reais, enquanto que o CNJ suspendeu a compra do PJe do TJ de São Paulo à uma multinacional que estava orçado em R$1,32bilhões de reais. Por tudo isso, parabéns aos colegas da TI.
Desembargador Fábio André de Farias