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JUÍZES CONHECEM USINA DA MATA NORTE

Dando prosseguimento ao “Módulo Regional de Formação Inicial de Juízes do Trabalho”, curso preparatório realizado desde o último dia 14 de janeiro pela Escola Judicial do TRT da Sexta Região (EJ-TRT6), os seis juízes recém-empossados, e os dois alunos-ouvintes, visitaram, na segunda-feira (dia 15), a Usina São José - unidade agroindustrial modelo, localizada em Igarassu, pertencente ao grupo Cavalcanti Petribu.

Também integrou a comitiva do TRT o desembargador diretor da EJ-TRT6, Pedro Paulo Pereira Nóbrega, e o juiz titular da Vara de Igarassu, Ibrahim Alves da Silva Filho. No auditório da empresa, as boas-vindas foram dadas pelo diretor da usina, Frederico Vilaça. O empresário elogiou a iniciativa do Tribunal de proporcionar aos seus novos magistrados, em sua maioria oriundos de outras regiões do país, a oportunidade de conhecer, in loco, um complexo agroindustrial da magnitude da Usina São José.

Para assessorá-lo, estavam presentes os gerentes Agrícola, Luiz Vital, de RH, Márcia Gonçalves, de TI e Suprimentos, Paulo César, de Transportes, Alan Cléber, Industrial, Lourival Bastos, além do advogado Adelson Alves, e o consultor jurídico do Sindaçúcar, Marcelo Brandão. O empresário explicou que a Usina São José é uma agroindústria de 28 mil hectares, na atualidade dividindo-se em duas grandes áreas: agrícola e industrial.

No período de safra, a usina mantém cerca de 5 mil pessoas empregadas. Na entressafra, período compreendido entre os meses de agosto e fevereiro, a unidade emprega cerca de 2 mil e 500 pessoas. Vilaça destacou que a unidade produz açúcar (produto tipo exportação), álcool, e energia elétrica. Neste item, a usina é auto-suficiente, produzindo cerca de 4 megawatts/hora, a partir da queima do bagaço da cana. A usina possui duas termoelétricas, o que possibilita a venda da geração excedente.

O empresário explicou ainda aos magistrados que, pela própria história e peculiaridades do relevo pernambucano, a parte da agricultura da empresa é o segmento “mais rústico”, pois compreende as atividades propriamente de campo, com plantio, colheita (corte da cana), e com os trabalhadores desenvolvendo atividades num espaço que se expande em 8 diferentes municípios da Mata Norte do Estado.

No entanto, enfatizou que, em sua gestão, a empresa tem lutado constantemente para se atualizar, adotando modelos de gestão, de controle, de produtividade e de qualidade modernos - inclusive com certificação internacional. Apesar das dificuldades enfrentadas pelo empresariado brasileiro, ele informou que a usina, no ano passado, moeu cerca de 1 milhão e 260 mil toneladas de cana, sendo que, em 2011, a expectativa é moer mais de 2 milhões de toneladas. “Nossa grande produção é açúcar, que remunera bem mais nos mercados internacionais”, confessou. “Depois vêm os segmentos do álcool combustível e da produção de energia, cuja auto-suficiência ajuda a manter nossa competitividade”, atestou.

A complexo agroindustrial São José emprega cerca de 500 profissionais no setor da indústria, outros 300, na área administrativa, e cerca de 4 mil e 500 trabalhadores no campo. Soma-se a estes números grandiosos, a manutenção da maior reserva de Mata Atlântica no Estado, com 7 mil 645 hectares, o que corresponde a 28% da área total da usina. O local, chamado Parque Ecológico São José, desenvolve ações de educação ambiental, pesquisa científica, plano de gestão de resíduos, além de parcerias com instituições como a UFRPE e o refúgio ecológico Charles Darwin.

Texto: Gutemberg Soares