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PROCESSOS DIGITALIZADOS PELOS DEFICIENTES AUDITIVOS JÁ SÃO ENVIADOS AO TST

O presidente do TRT6, desembargador André Genn, visitou na tarde da quinta-feira (26) a estação de trabalho onde os 20 prestadores de serviço com deficiência auditiva estão digitalizando os processos que vão seguir em grau de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Dados do dia 17, quando começaram as atividades, ao dia 25 de maio, mostram que os prestadores de serviço já digitalizaram 290 processos, que somam cerca de 750 volumes. Os primeiros processos digitalizados já foram remetidos pelo TRT6 ao TST.

Na visita, o desembargador André Genn afirmou que o Tribunal estava muito satisfeito por haver realizado o contrato com a Associação de Surdos de Pernambuco (ASSPE). “É importante esta iniciativa porque dá oportunidades para que as pessoas superem as barreiras impostas a quem precisa de um tratamento especial e, além disso, tem o efeito de despertar a atenção de outros órgãos para a realização de contratos similares”, completou o presidente.

Comunicativos e interessados, os deficientes auditivos interagiram bastante com o presidente André Genn, agradeceram a oportunidade recebida, narraram suas experiências de vida e falaram de sonhos futuros, como o de estudar e prestar concurso para o Tribunal. André Genn citou o exemplo emblemático de Ricardo Tadeu da Fonseca, que, deficiente visual, cursou direito, foi aprovado em concurso público, exerceu o cargo de procurador do trabalho no Paraná e depois se tornou desembargador do Tribunal Regional do Trabalho daquele estado, demonstrando que eles podem atingir os objetivos que desejam.

Apesar de estarem ainda na segunda semana de trabalho, os integrantes da equipe de digitalizadores demonstram entrosamento, enquanto uns vão separando as peças dos autos, retirando grampos dos papéis, os outros vão transformando os impressos em arquivos digitais e depois trocam de função.

O servidor do Setor de Recursos (SERE) Sávio Assis mostrou-se animado com o ritmo de produção. “Já nos primeiros dias, que são de adaptação, o ritmo do trabalho foi bom, a tendência é que a atividade flua ainda com maior rapidez”, disse Sávio. Para o diretor do SERE, Ricardo Correa, os integrantes do grupo possuem características profissionais muito importantes. “São tranquilos e engajados”, finalizou Ricardo. A servidora do SERE Angélica Batista destacou que os deficientes auditivos estão mostrando que possuem competência para desempenhar quaisquer atividades. “Eles precisam apenas de oportunidade”, sublinhou.

Embora não domine a língua brasileira de sinais (LIBRAS), código utilizado por deficientes auditivos, a equipe do SERE não tem enfrentado dificuldades pra interagir com o grupo de prestadores de serviço, e já está aprendendo alguns sinais para ações específicas. Uma intérprete auxilia a comunicação durante um período de oito horas, mas, como os prestadores de serviço estão divididos em duas turmas com expediente de seis horas cada uma, durante um período de quatro horas diárias os servidores do SERE se comunicam diretamente com os deficientes auditivos.

Acompanharam o presidente André Genn durante a visita, o juiz auxiliar da Presidência, Virgínio Henriques, e a chefe de gabinete da Presidência, Kátia Trigueiro.