Para um público formado por magistrados, diretores de Varas e servidores de outras unidades do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE), na quinta-feira (23), no Fórum Advogado José Barbosa de Araújo, edifício Sudene, o juiz Alexandre de Azevedo Silva, auxiliar da Presidência do TST, mostrou o funcionamento do Processo Judicial Eletrônico (PJe), em palestra organizada pela Presidência do Regional dentro do calendário de formação que antecede a instalação do PJe no TRT-PE, que vai acontecer no dia 18 de setembro.

Ao fazer a apresentação do juiz Alexandre de Azevedo, agradecendo-lhe a presteza com que aceitou o convite do Regional e ressaltando a larga experiência que o palestrante já acumula em tema tão recente, o presidente do TRT-PE, desembargador André Genn, afirmou que passar do modelo do processo convencional para o PJe é muito mais que uma mudança de ferramenta. “Não se pode chamar apenas de evolução, mas de revolução”, observou o presidente.

Contextualizando a grande transformação que o Judiciário vai experimentar com a adoção do Processo Judicial Eletrônico, o juiz Alexandre de Azevedo falou sobre a evolução da espécie humana e a criação de tecnologias ao longo da história, até chegar às décadas mais recentes, chamando a atenção para a velocidade das mudanças particularmente no campo da informática.

O palestrante alertou que a convergência de mídias, bem mais que uma tendência, já é uma realidade e vai atingir todos os campos das atividades humanas, não podendo o Judiciário ficar de fora.

Entre as principais vantagens do PJe, Alexandre de Azevedo elencou a facilidade de acesso, uma vez que o processo estará disponível na internet, possibilitando ao advogado peticionar sete dias por semana e sem ter de se deslocar para uma unidade judicial, além de que as peças processuais ficarão simultaneamente disponíveis às duas partes e ao juiz.

A economia dos Tribunais, que deixará de imprimir pilhas de folhas de papel será significativa além da consequente colaboração com a preservação do meio ambiente, uma vez que menos papel, menos impressão, correspondem a menos desmatamento e menor poluição.

Atende ainda o PJe a um princípio muito caro à sociedade atual, que é a transparência, visto que, disponível na internet, os cidadãos vão poder acompanhar mais facilmente o curso do processo.
O palestrante destacou ainda que, com a eliminação de atividades de natureza burocrática como perfurar, grampear, organizar documentos os servidores vão ter novas perspectivas para desenvolver atividades ligadas diretamente à essência dos processos.

No andamento da palestra, o juiz Alexandre de Azevedo, numa atividade prática, expôs passo a passo as etapas que são cumpridas na tela do PJe para ajuizamento de uma ação e em seguida respondeu a perguntas dos participantes sobre a utilização do novo sistema.

Por fim, Alexandre de Azevedo destacou que, como é obvio supor, o Processo Judicial Eletrônico não vem interferir na função do julgador, já que fazer justiça continuará sendo um atributo essencialmente humano, que vai sempre exigir estudo, emoção e equilíbrio.

Ao encerrar o evento, o presidente do TRT-PE, desembargador André Genn, conclamou todos os integrantes do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região para o ingresso nesse novo desafio que se apresenta para o Regional, que o PJe.

Participaram da palestra a corregedora do TRT-PE, desembargadora Gisane Araújo, o diretor da EJ6, desembargador Pedro Paulo, o juiz ouvidor, Guilherme Mendonça, o juiz auxiliar da Presidência, Virgínio Benevides, o juiz auxiliar da Corregedoria, Gustavo Pires de Oliveira, o juiz gestor das execuções, Saulo Bosco de Medeiros, e o diretor da Amatra6 juiz José Aldemy.