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CONSELHEIROS DEFENDEM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PARA MELHORAR QUALIDADE DA JUSTIÇA

Foto: CNJ

Auditório do Tribunal Superior do Trabalho (TST)

A defesa da educação a distância como meio de melhorar os serviços prestados pela Justiça marcou os discursos dos conselheiros Guilherme Calmon e Rubens Curado na solenidade de abertura do “5º Fórum de Educação a Distância do Poder Judiciário”, na última terça-feira (29/10), em Brasília/DF. No evento, a Escola Judicial do TRT pernambucano (EJ-TRT6) foi representada pelo Juiz Coordenador Geral, Agenor Martins Pereira, pela Secretária Executiva, Verônica Tavares Cavalcanti, e pelo Chefe da Seção de Educação a Distância, Mário dos Santos de Assis

De acordo com as estatísticas mais recentes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os tribunais têm dificuldades em lidar com a crescente demanda da sociedade pela Justiça. Tanto o percentual de casos pendentes como o de casos novos que chegam aos tribunais aumentaram nos últimos quatro anos – em 8,9% e 14,8%, respectivamente.

Para reverter o quadro, Calmon propôs aumentar os investimentos em educação a distância e instituir uma política nacional de formação e aperfeiçoamento dos servidores do Poder Judiciário. “Segundo dados do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário (CEAJud), o investimento em educação a distância no Brasil, em especial ligado ao Poder Judiciário, representa apenas 1% do investimento total em capacitação. A falta de suporte tecnológico ainda é grande barreira enfrentada pelos tribunais brasileiros, por isso é mais que necessário, é fundamental investir nas equipes de educação a distância”, afirmou o conselheiro Calmon, que preside a Comissão Permanente de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas.

Membro da mesma comissão, o conselheiro Curado apontou a parceria entre as cortes para oferecer capacitação continuada às equipes do Poder Judiciário em todo o País. “Nós temos 91 tribunais. Se cada um deles desenvolver um curso a distância diferente para compartilhar entre eles, multiplicamos por 90 a capacidade de fazer chegar o conhecimento a todos os servidores da Justiça. Se conseguirmos pensar nesse modelo de colaboração, não tenho dúvida de que o Judiciário vai se desenvolver de forma surpreendente e inovadora”, disse.

O juiz auxiliar da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), Ricardo Chimenti, relembrou as inspeções que fez nos tribunais enquanto atuava na Corregedoria Nacional de Justiça para destacar a importância do conhecimento no cotidiano de um órgão judiciário. “Talvez o único formato possível para, de fato, levar conhecimento de Norte a Sul do País seja a educação a distância”, afirmou o magistrado.

Foto: Escola Judicial da Sexta Região

Equipe da EJ-TRT6: coordenador geral, juiz Agenor Martins Pereira; secretária-executiva Verônica Tavares Cavalcanti e o chefe da Seção de Educação a Distância, Mário dos Santos de Assis

MÉTODO DA EJ-TRT6 SE DESTACA – Concorrendo com trabalhos de todo Judiciário nacional, a metodologia da EJ-TRT6 foi um dos dois trabalhos selecionados pela comissão do “5º Fórum de Educação a Distância do Poder Judiciário”. O evento, que ocorre desde 2009, contribui para integrar as unidades de educação dos Tribunais brasileiros e para difundir a EaD como uma ferramenta para o desenvolvimento profissional. Somente nessa 5ª edição, houve espaço para inscrição de projetos, batizados pelos organizadores de “Relatos de Experiência Inovadora”.

A Experiência Inovadora do TRT-PE para capacitar mais de 300 servidores das Varas do Recife funcionou da seguinte maneira: primeiramente, cada Vara indicou dois servidores que participaram de um curso presencial, envolvendo matérias sobre o PJe-JT, além de técnicas pedagógicas de ensino. Depois, em cada unidade de trabalho, estes servidores passaram a atuar como “facilitadores de aprendizagem” para os demais colegas no aprendizado da nova plataforma digital.

Em seguida, o treinamento de toda equipe aconteceu na própria Vara, ao longo de treze semanas, com aulas ministradas por videoconferência, sempre nas tardes das sextas-feiras, além de treinamentos no ambiente virtual de aprendizagem. Todo o processo foi sendo monitorado pelos dois servidores “facilitadores”, bem como por tutores virtuais, que continuam atuando em programas de EaD (moodle).

A metodologia, recentemente elogiada pelo Ministro Corregedor do TST, facilitou e maximizou a logística do Tribunal, evitando o deslocamento de um grande número de servidores para os laboratórios da EJ (instalados na Encruzilhada e no Edifício Sede). “Aqui, graças a inventiva de alguns servidores que conseguiram criar um curso tão bom, e, ao mesmo tempo, elaborar um material didático como manuais de treinamento tão profissionais, ficamos vivamente impressionados, após a visita realizada à Escola Judicial”, destacou Ives Gandra Martins Filho, ao concluir a leitura da Ata de Correição, no dia 20 de setembro, diante do Pleno do Regional. * Com informações da Agência CNJ de Notícias

Fonte: Escola Judicial da Sexta Região