Publicada em 13/11/2013 às 15h06
Foto Ely Freitas
O Ministério Público do Trabalho (MPT-PE) realizou o ato público de Reflexão sobre o Assédio Moral no Setor Bancário. O evento ocorreu na manhã desta quarta-feira (13), no auditório da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PE) e foi destinado a representantes de bancos, sindicatos e associações bancárias, magistrados, auditores fiscais, procuradores e advogados.
Um dos participantes do debate foi o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE) Fábio André de Farias que, em seu pronunciamento, falou do conceito de moral e das características do assédio no trabalho, como a repetição sistemática da conduta e a degeneração do próprio ambiente de trabalho. “Às vezes, o trabalhador nem percebe que está sendo assediado”, comentou.
Outra convidada do evento foi a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fátima Lucena que classificou o assédio moral como uma forma de violência e que isso se reflete na saúde do trabalhador. Para a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT-PE), Melícia Carvalho Mesel, outra integrante do debate, o assédio moral é uma prática perversa e desumana que gera reflexos até nas relações familiares. E para a presidente do Sindicato dos Bancários em Pernambuco, Jaqueline Mello, o assédio moral nasce muito da forma das cobranças exageradas e das metas inalcançáveis estabelecidas. O ato público ainda contou com a participação da auditora fiscal da SRTE-PE, Felícia Mendonça.
O assédio moral no trabalho é toda e qualquer conduta abusiva que atende, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou a integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho. Estatísticas revelam que, em âmbito nacional, o problema atinge 66% dos bancários, segundo consulta feita em 2011 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).