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SERVIDORES EMPOLGAM PELAS ARTES DO FORRÓ

Forró, forrobodó, pé de serra, xote, xaxado, baião. Quem não se empolga pelas artes do ritmo tipicamente nordestino? Sanfona, triângulo, zabumba, eis a trinca bendita que move os servidores Hélio Donato, Toinho de Surubim e Gustavo Bruno, nos arrasta-pés do ciclo junino, presenteando-nos com a produção de composições, discos e animados shows, sobretudo neste período de junho. Confira nos textos a seguir um pouco da trajetória de cada um destes colegas artistas.

TOINHO DE SURUBIM LANÇA QUINTO DISCO

Toinho de Surubim, servidor lotado na Vara de São Lourenço da Mata, concilia as atividades da VT com a carreira de forrozeiro, pela qual se apaixonou desde menino. Aos nove anos já compunha e hoje tem um acervo de mais de setenta canções. A arte está no sangue da família, o pai fazia apresentações com mamulengo na cidade natal do cantor – Surubim – e seu tio é instrumentista.

O quinto CD da carreira foi lançado há pouco, com o título “Forró da Rapaziada” e conta com a canção “Papel de confeito”. Ao mesmo tempo em que divulga o novo trabalho, Toinho planeja a criação de seu primeiro DVD. “É um sonho”, falou o compositor.

No São João, tocará em São Lourenço e Camaragibe, porém o cantor relatou as dificuldades da carreira artística: esse ano houve uma forte redução do número de shows, o forró tradicional muitas vezes é preterido pelas novas bandas de ritmo eletrônico, que já possuem patrocinador, “falta incentivo”.

GUSTAVO BRUNO E O FORRÓ TRADICIONAL DA BANDA QUENGA DE COCO

Servidor do TRT-PE há sete anos, o diretor da 6ª Vara do Recife, Gustavo Bruno, há muito se dedica ao forró, projeto que começou como hobby e evoluiu para uma atividade profissional. O servidor toca desde 1995, quando formou a Banda Quenga de Coco, bastante famosa no Nordeste do país.

A primeira fase da banda durou uma década. Com a saída de Geraldinho Lins, que deixou a formação original para seguir carreira solo, os músicos resolveram dar uma pausa e voltar a atenção às carreiras que haviam escolhido para cursar academicamente. Apaixonados pelo “forró autêntico”, e temendo perder contato com a música completamente, com o fim da banda, Gustavo e mais dois componentes do grupo fundaram, em 2005, a banda Maripueira, uma proposta mais despretensiosa.

Acontece que esse segundo grupo foi tomando a mesma proporção que tinha o Quenga de Coco, o que coincidiu com reiterados pedidos de fãs pela volta do antigo grupo. Foi quando, em meados de 2010, já formados e estabelecidos em suas profissões – todos são analistas de órgãos públicos –, resolveram retomar a saudosa Quenga de Coco e voltaram a fazer shows com a marca. “Esta época do ano é a mais ocupada”, explica Gustavo, que é vocalista e toca violão e guitarra. O forrozeiro conta que entre abril e julho, período junino, a banda faz uma média de trinta apresentações, a maior parte na Região Nordeste.

Nos outros meses do ano, os três sócios da banda: Gustavo Bruno, Rodrigo Verçosa (vocal e zabumba) e Victor Ferrari (vocal e sanfona), e os quatro músicos contratados, fazem pelo menos um show por semana, em bares, boates, aniversários municipais e festas corporativas. Para este mês, os músicos já têm confirmadas apresentações no The British Country Club (14/06), no Forró do Seu Zezu, festa junina tradicional que acontece em Aldeia (15/06), no pólo Várzea, (16/06) e no São João do Recife, no Sítio da Trindade (23/06), estes dois na programação do São João da Prefeitura do Recife. A banda Quenga de Coco também vai comandar a festa da Associação dos Servidores do Tribunal Regional do Trabalho (ASTRA6), confirmada para o dia 05/07, na Associação Atlética do Banco do Brasil – AABB.

HÉLIO DONATO É DESTAQUE NO CENÁRIO DO FORRÓ

Servidor do TRT-PE há 20 anos, Hélio Donato é também reconhecido músico pernambucano. Seu trabalho já foi tema de matéria e, hoje, retorna com novidades e curiosidades sobre a figura de destaque que se tornou o pernambucano no cenário regional do forró.

Tudo começou na infância, quando Hélio ouvia seu pai, Esperidião Virgínio Donato, tocar no violão músicas que sua mãe, Ana Gomes Virgínio Donato, acompanhava cantando com sua bela voz. Ele ligava o rádio para escutar canções de forró, Trio Nordestino e Luiz Gonzaga. Logo o menino nascido em Limoeiro e criado na região onde hoje é Lagoa Grande passou a cultivar a paixão pelo canto e, posteriormente, pelos instrumentos que o acompanhariam até hoje. “Na minha cabeça, qualquer pessoa poderia tocar um instrumento, bastava querer, da mesma forma como se aprende a dirigir um veículo, por exemplo. O meu aprendizado está mais para o auto-didatismo, pois nunca estudei música”, comenta Hélio. Com seus dois irmãos, o músico formou um trio pé de serra. Eles participavam de reuniões musicais com artistas como Maciel Melo, Jessier Quirino, Anchieta Dali e Paulo Matricó. Em 2009, Hélio lançou seu primeiro trabalho Forrozando, composto de músicas inéditas e autorais. Mas o compositor não parou por aí. Atualmente está trabalhando na produção de seu segundo álbum, que ainda não tem previsão de lançamento.

Hélio Donato é diretor da 1ª Vara do Trabalho de Ribeirão e, pela profissão e função que exerce, reserva o período de férias para esta época junina, quando consegue se dedicar à música. Ribeirão fica numa região canavieira sul, também parecida com a região da infância do artista, na Zona da Mata Norte. Berço de alguns nomes da música pernambucana, Ribeirão foi a cidade do grande poeta, cantor e sanfoneiro Félix Porfírio, já falecido, autor de várias músicas de sucesso no forró, como Desassossego, Deixe o Rio Desaguar e Meu Regaço.

O músico conta que a agenda para o mês de junho é agitada, com shows marcados para os dias 22, em Gravatá; 23, em Lagoa do Carro (PE); 29, em Piedade, e dia 30 novamente em Lagoa do Carro. No dia 07 de julho, Hélio Donato se apresentará com Santana e Cristina Amaral, entre outros, no Clube da Aeronáutica, em uma festa beneficente em prol da instituição de caridade Lar de Clara, que atende a diversas crianças carentes na localidade de Pontezinha.