Publicada em 03/06/2019 às 14h52 (atualizada há 03/06/2019 - 14:54)
Com a aproximação do Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil (12 de junho), a Justiça do Trabalho no Brasil, junto de organizações nacionais e internacionais e diversos artistas, farão um grande twittaço com a hashtag #BrasilSemTrabalhoInfantil, a fim de chamar a atenção para a importância de preservar as crianças e os adolescentes do país dos perigos de um trabalho precoce. Todos podem aderir retwittando as publicações dos participantes e ajudando a colocar a hashtag nos trending topics.
O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE) também estará engajado com esta ação, que vem a se somar aos demais esforços locais relativos ao Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem.
O abuso do trabalho infantil no país: Apesar de a legislação brasileira permitir o trabalho somente a partir dos 16 ou, dentro do Programa do Adolescente Aprendiz, aos 14 anos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identifica que 2,4 milhões de crianças e adolescentes se encontram na situação de labor no país.
Os prejuízos: Jovens submetidos à exploração do trabalho estão propensas a acidentes, intoxicações, alergias, queimaduras, fraturas, abuso sexual e morte. Os prejuízos também acontecem no campo emocional, com desencadeamento de doenças como ansiedade e depressão, além de comprometer o rendimento escolar e aumentar a taxa de evasão.
O Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador ainda aponta que, quanto mais precoce é a entrada no mercado de trabalho, menor é a renda obtida ao longo da vida adulta. Um sistema que mantém os altos graus de desigualdade econômica no país.
Como ajudar:
É possível denuncia situações de exploração do trabalho infantil, através do Disque 100. A central funciona 24h por dia, sem custos, preservando o anonimato do denunciante.
Além disso, empregadores e jovens também podem buscar aproximação com o Programa Jovem Aprendiz, que capacita adolescentes para o mercado de trabalho, respeitando o período escolar e o tempo de descanso/lazer dos participantes.