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Uma tarde de informação na luta contra o câncer de mama

O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região foi palco, na terça-feira (11/10), de uma série de palestras que teve como objetivo proporcionar informações a magistradas, servidoras e ao público geral sobre temas relacionados ao câncer de mama. O evento "Da prevenção ao diagnóstico do câncer de mama: tarde do cuidado em roda de conversa" foi idealizado pelo TRT6 Saúde, em parceria com a Escola Judicial (Ejud-6) e a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra VI), e fez parte da campanha Outubro Rosa.

Confira mais imagens do encontro.

A mesa de abertura foi formada pela presidente do Regional, desembargadora Maria Clara Saboya, pela presidente do Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do TRT-6, desembargadora Ana Claudia Petruccelli, e pela presidente da Amatra VI, juíza Ana Freitas. O diretor da Secretaria de Autogestão em Saúde, Renatto Pinto, agradeceu o apoio da Presidência e de todas as unidades envolvidas na realização do encontro. “O Outubro Rosa é o grande momento para difundir a informação”,  defendeu. “Vivemos uma nova fase na luta contra o câncer de mama. Graças aos avanços da ciência e da realização regular de exames e dos cuidados preventivos, a cura dessa enfermidade pode ser plena na maioria dos casos detectados precocemente”, comemorou.

O evento teve continuidade com palestras científicas e depoimento de uma advogada que também é paciente oncológica. Abrindo as exposições, a mastologista Nancy Ferreira falou sobre “Etiologia, diagnóstico e tratamento”. A experiente profissional abordou desde os estudos pioneiros na mastologia, que se baseavam nas cirurgias de extirpação total das glândulas mamárias, até as atuais técnicas que buscam preservar integralmente o órgão, valendo-se de outras terapias para auxiliar na cura ou na sensível melhora da qualidade de vida da paciente.

A médica também mostrou que a incidência de novos casos de câncer de mama são similares em países subdesenvolvidos e do primeiro mundo. “O que muda radicalmente são as condições desiguais do acesso das mulheres de países pobres a exames preventivos e à tecnologia moderna para o tratamento da doença”, lamentou. Em seguida, falou dos principais fatores de riscos, da importância da mamografia para a detecção precoce. Ela lembrou que 30% dos casos são diagnosticados na mamografia, e daí a necessidade que a rede pública consiga cumprir a orientação da Sociedade Brasileira de Mastologia, que defende a importância do acesso ao exame para todas as brasileiras com mais de 40 anos. “O conhecimento é o que vai libertar a mulher do medo”, defendeu a especialista.

Na sequência, o oncologista e pesquisador Glauber Leitão falou sobre “Aspectos Gerais do Tratamento do Câncer de Mama”, explicando abordagens locais para o tratamento (radiologia e cirurgia), bem como as modernas técnicas sistêmicas, que incluem avançadas drogas de quimioterapia e hormonioterapia. Por fim, houve espaço para um bate papo com a nutricionista Marcella Campos, que alertou existir uma direta correlação entre maus hábitos alimentares e o câncer de mama, aliado a outros fatores de risco, como o genético, o envelhecimento, o consumo de álcool, a obesidade e o sedentarismo. Ela alertou sobre o aumento da miséria e da insegurança alimentar, que leva a população a consumir alimentos ultraprocessados. Como alternativa, defendeu o retorno ao consumo de produtos de produção local, de safra, de preferência orgânicos. “É preciso descascar mais e desembalar menos”, conclui.

Já a advogada Maria Paula Bandeira expôs sua luta contra um câncer de mama diagnosticado quando tinha 24 anos. Embora detectado de forma precoce e não se enquadrando em nenhuma categoria de grupo de risco, a doença voltou a se manifestar. Desde então, já são 11 anos de tratamento contra a doença, com modernas abordagens oncológicas, mas, acima de tudo, muita força e pensamento positivo para encarar o longo tratamento.

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Matéria de teor meramente informativo, sendo permitida sua reprodução mediante citação da fonte.
Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região (TRT-6)
Coordenadoria  de Comunicação Social (CCS)

imprensa[at]trt6.jus[dot]br
Texto: Gutemberg Soares / Fotos: Roberta Mariz