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TRT-6 realiza seminário “O Judiciário por elas: mulheres que nos inspiram”

Na tarde desta quarta-feira (29/3), em sua sede, no bairro do Espinheiro, Recife-PE, a Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (Ejud-6) realizou o seminário “O Judiciário por elas: mulheres que nos inspiram”. O evento, que teve tradução simultânea de Libras, encerrou as celebrações do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região dedicadas às mulheres no mês de março e foi idealizado pelo Subcomitê de Incentivo à Participação Institucional Feminina. A abertura das atividades foi realizada pela presidente do TRT-6, desembargadora Nise Pedroso. 

As palestras foram proferidas pela desembargadora do TRT-4 (RS) e ouvidora Nacional da Mulher, Tânia Regina Silva Reckziegel; pela procuradora do estado de Pernambuco, professora da UFPE e ex-diretora da Faculdade de Direito do Recife (FDR), Luciana Grassano de Gouvêa Mélo; pela primeira advogada travesti preta de Pernambuco, Robeyoncé Lima, e pela servidora do TRT-6, Sheyla Bello Madeiro.

Para um público majoritariamente formado por mulheres, as quatro conferencistas falaram de seus percursos profissionais e discutiram aspectos relacionados à desigualdade de gênero. Primeira palestrante, Sheila Bello Madeiro, servidora do TRT-6, que é deficiente visual, afirmou que as pessoas que precisam ser incluídas na sociedade não podem ser tratadas nem como coitadinhas ou como heroínas. “Não faço da transposição de dificuldades um troféu. Tento transformar o mundo através de meu exemplo, exercitando a empatia e a sororidade”, completou.

Em sua fala, a desembargadora do TRT-4, Tânia Regina Reckziegel fez um breve retrospecto da ascensão feminina, lembrando que as conquistas são lentas, a exemplo da igualdade de direitos, que só veio a ser legalmente instituída com a Constituição de 1988. Além disso, ela advertiu que é preciso estar vigilante porque o desrespeito à condição das mulheres é persistente e em todas as esferas e que o meio jurídico não pode admitir tal ocorrência em seu âmbito.  “O Judiciário não pode aceitar agressão às mulheres sob nenhuma de suas manifestações”, alertou. Já a procuradora Luciana Grassano chamou a atenção para que as mulheres defendam umas às outras e ocupem as esferas de poder que são naturalizadas como exclusivas dos homens.  “Nós precisamos estar nos mesmos espaços que os homens, e não na condição de exceção”, completou.

Última palestrante, a advogada Robeyoncé Lima reconheceu a importância do 8 de Março como marco temporal. No entanto, ela defendeu a necessidade de se discutir pautas específicas no dia a dia. Ela sublinhou que o Brasil é o 5º país no mundo que mais comete violência contra as mulheres. Falou ainda sobre a discrepância da população feminina versus a participação no parlamento. Embora correspondam a 52% da população, as mulheres ocupam apenas 15% das cadeiras no Congresso Nacional. Robeyoncé trouxe, ainda, os dados da ONU segundo os quais somente em 300 anos haverá igualdade de gênero.

A mesa de honra foi composta pela presidente do TRT-6, desembargadora presidente do TRT-6, Nise Pedroso, os desembargadores vice-presidente e corregedor, respectivamente Sergio Torres e Fábio Farias, os desembargadores diretor e vice-diretor da Ejud-6, Eduardo Pugliesi e Ivan Valença. Também pela diretora da Escola Judiciária Eleitoral do TRT-PE, desembargadora Virgínia Gondim, a secretária da mulher de Pernambuco, Regina Célia, a coordenadora da Ejud-6, juíza Wiviane Souza, a diretora da Amatra6, juíza Ana Freitas e a procuradora-chefe do MPT-6, Ana Carolina Ribemboim. 

Homenagem – Na abertura do momento, um grupo de servidoras da Ejud-6 interpretou a canção Maria Maria, de Milton Nascimento e Fernando Brant, prestando homenagem à desembargadora Maria do Socorro Emerenciano. Em seguida, aconteceu o descerramento de sua fotografia – feito pelas desembargadoras Nise Pedroso e Eneida Melo – e da placa – realizado pelos desembargadores Eduardo Pugliesi e Ivan Valença. No ato, foi oficializado que o auditório da Ejud-6 agora leva o nome da magistrada, falecida em janeiro deste ano. Irmãos e sobrinho da desembargadora compareceram à homenagem. Ao falar da colega, o desembargador Ivan Valença destacou que a magistrada era uma verdadeira defensora do Direito do Trabalho, tendo deixado em suas decisões um legado. “Que este espaço sirva de inspiração e reflexão”, concluiu.

Veja álbum com as fotos do evento. 

Matéria de teor meramente informativo, sendo permitida sua reprodução mediante citação da fonte.

Divisão de Comunicação Social

Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região (TRT-PE)

imprensa[at]trt6.jus[dot]br

Texto: Eugenio Jerônimo / Foto: Roberta Mariz