Publicada em 01/12/2023 às 14h43 (atualizada há 04/12/2023 - 10:31)
A Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região realizou, na tarde da quinta-feira (30/11), o encerramento do ano letivo da instituição com palestra apresentada pela renomada fonoaudióloga Leny Kyrillos. Graduada pela Universidade de São Paulo (USP), mestre e doutora pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a convidada trabalha com as equipes de jornalismo da Rede Globo e Rádio CBN de São Paulo.
A mesa de abertura do evento contou com as presenças do corregedor do TRT-6, desembargador Fábio Farias (representando a desembargadora-presidente Nise Pedroso); dos dirigentes da Ejud-6, desembargadores Eduardo Pugliesi (diretor) e Ivan Valença (vice-diretor), e a juíza coordenadora-geral, Wiviane Souza; e das representantes do MPT-6, procuradora do Trabalho Jailda Pinto e da Amatra6, juíza Sarah Yolanda.
“Como a expressão clara e escuta ativa salvam os relacionamentos” foi o tema exposto pela convidada. Ela iniciou destacando que, entre as competências que impactam a vida das pessoas de maneira ampla, a comunicação sempre se apresentará como um desafio. Para a estudiosa, a boa comunicação “não é apenas o que sai da nossa boca, mas, principalmente, o que chega ao ouvido do receptor da mensagem”. Explicou o trabalho que tem realizado na televisão, especialmente com profissionais das áreas de economia e medicina, para que consigam transmitir mensagens técnicas de forma simples, clara e objetiva. “Percebo, com alegria, o crescente interesse de profissionais da área jurídica com os aspectos relacionados com a boa comunicação”, comemorou.
Leny Kyrillos destacou que a boa comunicação pressupõe a busca pela simplificação, processo árduo que passa pela transmissão da mensagem com clareza e objetividade. A expositora, no entanto, destacou a importância de uma escuta atenta e prévia no processo comunicativo. Citando Thomas Breu, um dos autores da obra “Escute, expresse e fale” – livro do qual também é coautora, ao lado de António Sacavém e Milton Jung – assinalou que “neste mundo acelerado, o risco é grande, quando alguém ganha poder, de perder essa curiosidade para a diferença, negligenciando a escuta do outro”.
“É necessário entender quem é seu interlocutor e o que ele necessita. Uma escuta prévia, atenta e direcionada é primordial no processo comunicativo”, advertiu. Na sequência, detalhou a importância de estarmos atentos aos sinais presentes no processo comunicativo. Exemplificou que, numa entrevista, as roupas, as pausas, a tonalidade da voz são elementos que também importam. “Entendendo a comunicação como via de mão dupla, é importante aprender a identificar e se utilizar desses sinais”, afirmou.
Kyrillos explicou que aspectos verbais, não verbais e vocais impactam na comunicação, sendo necessário explorar todos esses recursos. Na sequência, deu importantes dicas para quem estiver se apresentando ou sendo entrevistado: prestar atenção no corpo, mantendo uma postura “de abertura”, com a coluna vertebral ereta e distribuindo o peso do corpo; e evitar cruzar os braços ou colocar as mãos nos bolsos.
Falou da importância de cuidar da voz e da fala, evitando a monotonia na emissão da mensagem. “Podemos, voluntariamente, melhorar e ampliar o movimento da boca, alterando e melhorando a articulação”, garantiu. Finalizou, citando o estudioso Chris Anderson que defendeu que “é a dimensão humana que transforma informação em inspiração”. Para Leny Kyrillos, uma comunicação efetiva e afetiva melhora e torna mais saudáveis os relacionamentos, além de garantir a satisfação pessoal do emissor.
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Texto: Gutemberg Soares / Foto: Ana Alice Barros