Publicada em 25/09/2024 às 14h33 (atualizada há 25/09/2024 - 14:39)
O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região promoveu, na tarde da terça-feira (24/9), na Sala das Turmas (Pleninho), a palestra “Dia Nacional da Pessoa com Deficiência: a maior barreira é a atitude”. O Subcomitê de Acessibilidade e Inclusão, por intermédio da Seção de Sustentabilidade, Acessibilidade e Inclusão (SSAI), coordenou a iniciativa, que contou com três palestras. A desembargadora Solange Moura, servidoras, servidores e demais convidados/as prestigiaram o evento.
Lotada na Divisão de Serviço Social do TRT-6, pessoa com deficiência visual, a servidora Suellen Gomes fez a abertura do encontro. Ela lembrou que o dia 21 de setembro, data escolhida para celebrar o Dia de Luta da Pessoa com Deficiência, também é o Dia da Árvore e marca o início da primavera. “É uma época que lembra o renascimento. No caso das pessoas com deficiência, nos remete às lutas e às reflexões que acontecem diariamente”, afirmou Suellen Gomes. Na sequência, fez a apresentação da primeira palestrante, a jornalista, empreendedora social e multiplicadora da inclusão Daniela Rorato.
Daniela iniciou seu depoimento destacando a importância do esforço coletivo e da promoção do que definiu como “acessibilidade atitudinal”, que deve ser focada na empatia. “É importante entender que cada indivíduo é único, independentemente de suas neurodivergências e limitações”, defendeu. Mãe de Guto, PcD com 26 anos, a ativista contou com humor e doses de indignação algumas histórias e os desafios enfrentados diariamente.
Para ela, por maior que sejam as dificuldades, é muito importante buscar uma comunicação direta com a pessoa com deficiência. “A PcD é uma pessoa igual a você. Tem sentimentos e sensações. Como pessoa, deve ser respeitada nas suas singularidades e limitações”, defendeu. “Na luta pela inclusão e no combate ao capacitismo, o acolhimento é a palavra-chave”, refletiu.
Finalizando a tarde, Raíssa Maria, PcD, pós-graduada em Políticas Públicas pela Fafire e graduanda em Direito na Unicap, também lembrou dos desafios que teve que enfrentar para vencer obstáculos e desconfianças durante sua formação educacional. Atualmente, Raissa dirige sua atenção ao estudo de tecnologias assistivas, capazes de promover uma comunicação mais acessível nas redes sociais, por exemplo. Para ela, a descrição das imagens e dos conteúdos postados nas mídias digitais são de fundamental importância para promover a inclusão.
“Principalmente depois da pandemia, a comunicação digital se viu obrigada a usar a tecnologia para favorecer as pessoas com deficiência. A partir dessa demanda, ocupamos mais espaço e seguimos lutando para garantir nossa representatividade”, afirmou. “No entanto, mais que recursos digitais, o importante é que todas as pessoas exercitem a empatia e sejam um aliado no combate ao capacitismo”, concluiu.
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Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região (TRT-6) / Coordenadoria de Comunicação Social (CCS)
Texto: Gutemberg / Foto: Roberta Mariz