Publicada em 08/05/2024 às 12h00
No primeiro dia da companha da Semana Nacional de Combate ao Assédio Moral, Sexual e à Discriminação, a Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região e o Subcomitê de Prevenção e Enfrentamento da Violência, Assédio e Discriminação no 1º e 2 º graus de jurisdição promoveram, na tarde da segunda-feira (6/5) na Sala de Sessões do Tribunal Pleno, a palestra “Assédio moral, microagressões e outras violências no (e do) trabalho - estratégias de prevenção e de enfrentamento”, com a doutora em Psicologia Clínica das Instituições e psicóloga Laura Pedrosa Caldas. O evento foi direcionado para o corpo funcional do TRT-6, bem como para o público externo.
A mesa de abertura foi composta pela presidente do TRT-6, desembargadora Nise Pedroso Lins de Sousa, pela coordenadora do Grupo do 2º Grau de Jurisdição do Subcomitê de Prevenção e Enfrentamento da Violência, Assédio e Discriminação no 1ª e 2º graus de jurisdição, desembargadora Carmen Lucia Vieira do Nascimento e pela coordenadora do Grupo de 1º Grau de Jurisdição do referido subcomitê, magistrada Cristina Figueira Callou da Cruz Gonçalves, juíza titular da 20ª Vara do Trabalho do Recife.
A psicóloga Laura Pedrosa Caldas é doutora e mestra em Psicologia Clínica das Instituições, autora de teses, coordenadora de curso de graduação e pós-graduação em Psicologia e perita, inclusive no campo de diagnóstico de assédio moral, sofrimento e adoecimento psíquico.
A psicóloga falou sobre o que é assédio moral, o que não é (alguns temas conexos que podem causar confusão nos leigos, por exemplo, gestão por injúria, conflitos organizacionais, preconceitos etc.). Também abordou a subjetividade do tema, sua dimensão simbólica e de como as pessoas, os setores e as organizações públicas e privadas devem lidar com esses problemas de assédio em seus diferentes aspectos.
Todos nós temos preconceitos inclusive decorrentes do ambiente de trabalho, contra pessoas que sejam mais competentes (ou menos) ou que tenham uma experiência de vida e posturas diferentes das nossas. Com a convivência, esses preconceitos muitas vezes vêm à tona e acabam por criar antipatias ou simpatias e influenciar nas relações entre as pessoas, podendo gerar absenteísmo, procrastinação, estresse ou mesmo traumas mais profundos que podem ser levados até mesmo para a esfera particular da pessoa”.
Ela coloca que quando o Tribunal tem uma política de repúdio ao assédio e responsabilização claramente estabelecidas e de conhecimento de todos e existem protocolos claros de enfrentamento e defesa contra as diversas formas de assédio, os casos diminuem e as relações interpessoais melhoram. “Ações socioeducativas são importantes, bem como espaços de escuta qualificada e a prática da justiça restaurativa” (conjunto de técnicas e atividades que visa à conscientização sobre os fatores relacionais, institucionais e sociais motivadores de conflitos, e por meio dos quais os problemas que geram dano, concreto ou abstrato são solucionados de modo estruturado).
Semana Nacional de Combate ao Assédio Moral, Sexual e à Discriminação - A companha começou nesta segunda-feira (6/5) e segue com programação até a sexta-feira (10/5). Além da comunicação voltada para o público interno, o Tribunal também lançou o primeiro de uma série de vídeos no Instagram sobre o combate a Violência, o Assédio e a Discriminação.
Mais informações:
- Resolução Administrativa TRT6-GP n.º 29/2023 - Política de Prevenção e Enfrentamento da Violência, do Assédio e de Todas as Formas de Discriminação do Regional;
- Página no Portal do TRT-6 sobre denúncias de assédio e discriminação;
- Página da Intranet, portanto voltada ao público interno, sobre prevenção e enfrentamento da violência, do assédio e de todas as formas de discriminação;
- Vídeo da desembargadora Carmen Lúcia Vieira do Nascimento sobre o enfrentamento da violência, assédio e discriminação no TRT-6;
ODS - A Agenda 2030 da ONU é um plano global para que seja alcançado, em 2030, um mundo melhor para todos os povos e nações. A Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York, em 2015, da qual participaram 193 estados membros, estabeleceu 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), compromissos que envolvem a adoção de medidas ousadas e essenciais para a promoção do Estado de Direito, dos direitos humanos e da responsividade das instituições políticas e sociais.
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Texto: Silvio Britto / Fotos: Helen Moreira